Publicada em 11/09/2020
Desde a Assembleia
Geral da CNBB, de 2007, os bispos do Brasil fizeram a opção de acompanhar os
jovens de maneira diversificada, pois “a juventude mora no coração da Igreja e
é fonte de renovação da sociedade” (Doc. 85 - Evangelização da Juventude. Desafios e perspectivas pastorais, n.
1). Este foi um dos grandes objetivos levados para cada diocese, daquela
Assembleia. Depois, tivemos um Sínodo dos Bispos, com uma preparação, uma
execução e um tempo posterior, com documentos próprios, que culminaram na
Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christus
vivit (Cristo Vive), do Papa Francisco. Todos falam de um aproximar-se,
acompanhar e viver na sinodalidade. Cada Diocese teve esta missão, de organizar
“uma instância mais ampla – Setor Juventude – para unir e articular forças num
trabalho de conjunto” (Doc. 85, n. 193).
Esta organização é diocesana, acontece em
todas e cada diocese. Seu objetivo é ser um espaço de comunhão da vida de todas
as expressões da evangelização da juventude existentes na Diocese. “Tanto as
pastorais como os movimentos, novas comunidades e congregações religiosas
precisam se conhecer mutuamente e, juntos, encontrar seu lugar na pastoral de
conjunto da Igreja local, sempre em comunhão com as orientações específicas do
bispo diocesano” (Doc. 85, n. 195). Ao mesmo tempo, o Setor congrega todas as
expressões, ele é espaço de respeito e exercício de bom convívio entre todos.
Também, ele representa a Pastoral Juvenil nas instâncias diocesanas, como o
Conselho Diocesano de Pastoral. O que sempre se buscou foi o desejo de viver a
comunhão diocesana de todos os carismas evangelizadores. Deste setor participam
a Pastoral da Juventude, os movimentos e as congregações religiosas.
Sendo
um espaço privilegiado de comunhão dos jovens na Diocese, o Setor não vem para
substituir ou agregar grandes compromissos para as pastorais e movimentos. Ele
realiza um processo de integração de todos. O Setor não tem nenhum grupo que o
represente. É a expressão de todos os carismas. Por isso, não usa camiseta de
uma pastoral ou setor. Também, não se trata de criar uma nova superestrutura,
mas de prever algum momento de comunhão, formação e representação na Igreja
Diocesana. Nossas dioceses tem se esforçado para realizar este ideal, na
“unidade de todas as forças ao redor de algumas metas e prioridades comuns”
(Doc. 85, n.196). As dioceses são criativas neste sentido, realizando momentos
de comunhão, como as caminhadas para um lugar específico. Também são realizados
momentos de missão em comum. Não faltam momentos de formação de todos, em vista
do caminho de um “Processo de Educação na fé”. Expressão maior, são as romarias
diocesanas e o Dia Nacional da Juventude. Temos um belo caminho a partilhar com
os novos jovens e vivermos juntos.
A organização do Setor anima e
congrega a evangelização dos jovens na Diocese. Nele atuam, além do assessor,
nomeado pelo bispo diocesano, jovens, articuladores e comunicadores. O
coordenador de cada grupo ou movimento é o responsável para participar do Setor.
Uma representação das irmãs e dos irmãos consagrados também estão presentes.
Neste grupo, unido ao bispo diocesano e ao coordenador da ação evangelizadora,
se organizam, rezam e confraternizam. É um grande sinal de comunhão. Alguma
pastoral ou movimento é melhor do que as outras? Não. Todas têm seu jeito
próprio de aproximar-se dos jovens e vivem a riqueza da diversidade do
evangelho no mundo de hoje. Todas têm seus cantos, seu jeito de rezar, seu modo
de viver e todas são a Igreja de Jesus Cristo.
Dom Adelar Baruffi
Bispo Diocesano de
Cruz Alta