Publicada em 19/02/2018
O
Serviço de Evangelização da Juventude (SEJ) reuniu, nos dias 17 e 18 de fevereiro,
assessores, articuladores e comunicadores dos setores diocesanos da juventude
para rezar, refletir,
partilhar e indicar o caminho de evangelização que será percorrido
este ano, no
âmbito do Plano Trienal que tem como tema transversal Ecologia Integral e Políticas
Públicas. O encontro, realizado no Centro de Espiritualidade Cristo Rei
(Cecrei) contou com a presença de Dom Nelson e Padre Antônio do Prado, da Comissão Episcopal Pastoral para aJuventude (CEPJ) da CNBB, além dos bispos referenciais para a evangelização do Rio Grande
do Sul, Dom Adelar Baruffi e Dom Adilson Busin.
Os
membros da CEPJ propuseram aos participantes a realização de uma avaliação que
está sendo feita em todo o país, sobre os desafios e necessidades com relação a
oito linhas de ação propostas pelo Documento 85, sobre a Evangelização da
Juventude: formação integral do discípulo; espiritualidade; pedagogia da
formação; discípulo para a missão; estrutura de acompanhamento; ministério da
assessoria; diálogo, fé e razão; e direito à vida.
Em
seguida, ocorreu uma roda de conversa em que Dom Nelson e Pe. Antônio responderam
perguntas feitas pelos jovens. Um dos questionamentos foi sobre como a Igreja
orienta que a juventude se posicione diante do atual cenário político. Em resposta,
Dom Nelson disse que é necessário ter prudência nesse momento de polarização
política onde de um lado está a extrema direita, e do outro a extrema esquerda.
De acordo com o bispo, é necessário refletir sobre se nas polaridades está a
evangélica opção pelos pobres. “O Brasil não precisa de extremismo, precisa de
pontes”, concluiu.
Sobre
o acompanhamento feito pela CNBB com relação à evangelização da juventude, Dom
Nelson esclareceu que a prioridade é fazer chegar a todas as expressões juvenis
as orientações da Igreja com relação à juventude e fazer comunhão, com a
participação dos leigos nesse serviço. “A função da CNBB não é deliberativa, é
de comunhão, participativa. De modo concreto, o acompanhamento das juventudes
acontece nas dioceses, por meio do protagonismo dos leigos. Se a gente perder a
referência direta às bases, a estrutura nacional perde o sentido”, afirmou,
mencionando o papel do Serviço de Evangelização, em nível regional, e do Setor
Juventude, nas Dioceses.
Sobre
a diversidade de expressões juvenis presentes na Igreja, o bispo enfatizou que os
grupos não são criados pela CNBB ou pelo Serviço de Evangelização Regional, mas
acontecem nas bases, e que é preciso “cuidar para que não haja rivalidade, mas
comunhão”.
Na
tarde de sábado, Pe. Antônio apresentou
o Projeto Rota da Vida, que visa a valorização da vida e combate à violência, baseado
no tema da Campanha da Fraternidade 2018, “Fraternidade e Superação da
Violência” e no lema “Em Cristo somos todos irmãos” (Mt 23,8). O assessor
nacional da CEPJ também apresentou o Plano Trienal da Pastoral Juvenil no
Brasil, elaborado a partir do 2º Encontro de Revitalização da Pastoral Juvenilno Brasil, realizado em setembro do ano passado, e que tem como foco a formação
integral dos jovens, dentro e fora da Igreja.
Na noite
de sábado e no domingo pela amanhã, os assessores, articuladores e
comunicadores se reuniram em grupos, para um momento de escuta e partilha sobre
as realidades e experiências de evangelização das juventudes nas dioceses.
“Como
assessora jovem, a minha caminhada de evangelização das juventudes está cada
dia mais clara. Estou sentindo que os passos dados estão cada vez fazendo mais
sentindo. A reunião dos assessores, comunicadores e articuladores me
proporcionou isso, uma reflexão ao olhar para trás, percebendo a grandeza da
missão que nos foi confiada por nosso Senhor. Olhando o presente, vejo que os
meus sonhos também são os sonhos dos meus irmãos na fé. Queremos um mundo
melhor e estamos juntos construindo o Reino de Deus!”, avalia a assessora jovem
Giulia Stringuini, da Diocese de Cachoeira do Sul.
No
encerramento do encontro, após conversas em grupos divididos por Província
Eclesiástica, foram realizados os encaminhamentos para as formações de
multiplicadores e encontro de lideranças que ocorrerão ao longo do ano. Além
dos momentos de oração que ocorreram nos dois dias na capela do Cecrei, o
encontro contou com duas missas, celebradas pelos bispos Dom Nelson e Dom
Adelar Baruffi.
Esse
foi o primeiro encontro de lideranças realizado pelo Serviço em 2018, e foi
também o primeiro sob a coordenação do Pe. Rudinei Zorzo, que assumiu a
coordenação do SEJ em janeiro de 2018.
“Primeiramente,
o que fica desta primeira atividade conjunta do ano é o desejo de estreitar
cada vez mais os laços com a Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da
CNBB para que possamos trilhar um caminho juntos, cada um na sua instância, na
sua realidade, mas um caminho conjunto. Em segundo lugar, vem um forte apelo de
retorno aos documentos da Igreja que balizam o trabalho com as juventudes
(Documento 85 e Civilização do Amor), para redescobrir a beleza e a riqueza do
trabalho das estruturas de acompanhamento (equipe de articulação e equipe de comunicação)
nos Setores Diocesanos da Juventude”, afirma Pe. Rudinei.
Fonte: Daiane de Carvalho Madruga